Perante a unidade criada em torno da greve da Amarsul, entre os trabalhadores da empresa e os trabalhadores das autarquias do Seixal e Almada, a empresa Amarsul em conluio com o Governo utilizam as forças de segurança para furar o direito à greve e impedir o piquete de greve de exercer as suas funções, vamos aos factos:
1º – As forças de segurança estavam a funcionar e a dirigir as suas operações dentro das instalações da empresa logo nas costas do piquete de greve, daqui se depreende que para a empresa Amarsul as forças de segurança podiam fazer o que bem entendem-se com os seus trabalhadores;
2º – O Governo agiu em conluio com a administração da Amarsul (EGF/Mota-Engil), pois ao destacar elementos da força de segurança para junto do piquete de greve está a interferir num conflito laboral e não na resolução de um problema de ordem pública, pois os serviços mínimos estavam a ser cumpridos;
3º – A Câmara Municipal de Almada ao intimidar os seus trabalhadores dando-lhes a ordem para seguir os carros da PSP que estavam a escoltar os camiões do lixo, agiu de forma deliberada na coação dos seus trabalhadores, como também agiu em cumplicidade com a administração da Amarsul pelo facto de impedir o funcionamento do piquete de greve;
4º – O mesmo Governo que funcionou com prontidão no uso de forças de segurança devia funcionar com a mesma celeridade para sentar à mesa a Administração da Amarsul de forma a dar início ás negociações seria em torno do Caderno Reivindicativo, na empresa;
5º – Saudamos a unidade imensa que os trabalhadores das autarquias do Seixal e Almada criarão com os trabalhadores do Ecoparque da Amarsul – Seixal, pois só factores externos como o uso da repressão policial é que impediram o piquete de greve de manter essa unidade;
6º – Destacamos o comportamento da Câmara Municipal do Seixal pela forma como agiu não se imiscuindo no processo de luta e demonstrando desta forma a sua solidariedade com a luta dos trabalhadores da Amarsul;
7º – Saudamos a forma digna como os trabalhadores da Amarsul lutaram e lutam pelos seus direitos, efectuando uma greve com uma adesão enorme, criando desta forma condições para dar continuidade à luta caso a empresa não dê respostas afirmativas ao aumento de salários e a todo o processo reivindicativo em curso.
Destacamos o facto, de nestes dias de greve que se iniciou em 29 de Novembro e irá terminar dia 3 de Dezembro, a forma como os trabalhadores da Amarsul dos Ecoparques de Seixal e Palmela estão de cabeça erguida unidos e coesos, na greve, pois não é com a repressão policial que nos intimidam da nossa razão de querer ver os salários aumentados e o Caderno Reivindicativo negociado.