Foram criadas as Unidades Locais de Saúde no distrito, mas não prevemos que venham melhorar as condições de trabalho. Em alguns locais foram inclusivamente criados “novos” problemas.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo não acautelou a vinculação de enfermeiros com vínculo precário e não finalizou o processo de avaliação e progressão de muitos dos enfermeiros, mantendo dívidas das progressões que não concretizaram, algumas com retroativos por pagar há mais de 2 anos.
Por outro lado, as instituições hospitalares devem milhares de horas de trabalho extraordinário aos enfermeiros. E em alguns casos, de que é exemplo o Hospital Garcia de Orta, atual ULS Almada Seixal, têm progressões para concretizar há mais de 1 ano e processos de Avaliação do Desempenho por finalizar, o que é inadmissível.
O trabalho extraordinário avoluma-se. Mesmo em serviços que chegaram a “dispensar” enfermeiros e diminuir o número de camas para internamento e que têm agora que ser reabertas, como seria previsível, não conseguem assegurar condições seguras para a prestação de cuidados a estes doentes por falta de profissionais.
Consideramos que estes são exemplos das medidas de gestão que estão a asfixiar o SNS e que estão também na base da falta de resposta das instituições públicas de saúde.
Dia 31, às 11 horas, na porta principal do Hospital Garcia de Orta (Unidade Local de Saúde Almada Seixal), faremos a caracterização desta situação, com a denúncia das situações gravosas, que consideramos promover a saída de profissionais do SNS e consequentemente falta de meios, e que contribuem para elevada mortalidade que se tem constatado.
Fonte: SEP