A administração da Transtejo veio comunicar que por falhas técnicas não será possível efectuar o serviço público de transporte de passageiros e viaturas, confinando deste modo a população e os moradores de Porto Brandão e Trafaria, não existindo para tal alguma alternativa para estas pessoas se deslocarem para Lisboa.
O que está em causa é o desinvestimento das sucessivas Administrações nomeadas ora por Governos PS ora por Governos PSD/CDS, desinvestimento esse que leva a que as embarcações não tenham a devida manutenção, que a embarcação Lisbonense esteja encostada já há dois anos, que a reparação que deveria ser feita no Almadense ainda não tenha o acordo da Administração.
Estamos perante uma Administração que é paga a peso de ouro e que não cumpre os serviços mínimos e prejudica a população de Porto Brandão e Trafaria bem como os trabalhadores que querem todos os dias sair de suas casas para irem para o seu trabalho.
Mais uma vez afirmamos que não são as justas greves dos trabalhadores que prejudicam o serviço público de transporte fluvial, mas sim o modo inábil e ineficaz como as sucessivas Administrações da Transtejo e os Governos que as nomeiam tratam a empresa.
Pois há muito tempo que os serviços da Transtejo comunicaram à Administração as suas necessidades para a respetiva manutenção da frota e das embarcações, lamentável é o facto da Administração e do Governo P.S. não cumprirem com os serviços mínimos, tendo em conta o direito ao transporte público que os utentes da Trafaria e Porto Brandão têm direito. Mais “brio profissional” faz falta.
U.S.Setúbal
28.07.2022