União dos Sindicatos de Setúbal

Autoeuropa manda 417 trabalhadores para o desemprego

O problema com o fornecimento da peça do motor, está a penalizar no essencial os trabalhadores que trabalham na Autoeuropa e no parque da Autoeuropa.

Em primeiro lugar os trabalhadores com vinculo precário, pois cerca de 417 trabalhadores do distrito com vínculo de trabalho temporário foram ou irão ser despedidos em virtude da paragem na Autoeuropa, mas o mais caricato acaba por ser a promessa, de que quando a produção retomar estes trabalhadores temporários regressarem ao seu posto de trabalho, dai que em nosso entender estes postos de trabalho devem de ser garantidos e a estes trabalhadores também garantida a sua retribuição, pois muitos deles irão com certeza ficar desprovidos de vencimento.

Trabalhadores não têm de ser penalizados

Perante os últimos anos de prosperidade do grupo VW e perante a produção que com certeza irão recuperar, pois o que está previsto é a manutenção da produção aos mesmos níveis, muito provavelmente este será também um dos melhores anos da fábrica da Autoeuropa em Portugal, de salientar que os anos anteriores foram sucessivamente os melhores terceiros anos de lucro, as perguntas que ficam por fazer e que provavelmente ficaram sem resposta são as seguintes:

Se a Autoeuropa prevê realizar toda a produção perdida nos restantes meses que faltam, se o presente ano está a ser um bom ano de produção, porque é que os trabalhadores têm de disponibilizar parte do seu rendimento?

Porque é que, desta vez e uma vês que a previsão é de recuperação da produção que agora se perde, não são os accionistas a disponibilizar a parte que deixam de ganhar e reconhecer que o maior bem de uma fábrica é o seu capital humano?

A União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN está solidária com os trabalhadores da Autoeuropa e do seu complexo e tudo fará para que a injustiça para quem trabalha seja devidamente reparada, pois os trabalhadores da Autoeuropa e do seu complexo merecem toda a nossa solidariedade, lado a lado na reparação da presente injustiça.

U.S.Setúbal
09.09.2023