União dos Sindicatos de Setúbal

Trabalhadores da INDORAMA de Sines fazem concentração junto ao Ministério do Trabalho e Economia

Os Trabalhadores da empresa da INDORAMA VENTURES PORTUGAL de Sines vão fazer
uma deslocação com concentrações no Ministério do Trabalho a partir das 10.00 horas
e da Economia a partir das 11.00 horas em Lisboa no próximo dia 09 de Outubro de
2023.
A INDORAMA comprou a Artlant em 2018 a preço de saldo, por cerca de 28 M€ que
abateram à massa insolvente de cerca de 700 milhões à Caixa Geral de Depósitos. Por
grosso, foi este o valor que os cofres públicos – todos os portugueses- pagaram para que a
INDORAMA ficasse com aquela instalação industrial e sobretudo, pelo mau governo do
país.
Passados apenas cinco anos, os trabalhadores são confrontados com um Lay-off que
previsivelmente poderá durar cerca de um ano e cuja proposta reduz o pagamento dos
salários a 66 % nesse período de um ano.
A proposta da Administração da INDORAMA é profundamente injusta por pretender que os
trabalhadores vivam um ano com cerca de metade do salário num contexto de brutal
agravamento das suas condições de vida, consequência do aumento das taxas de juro e
de uma inflação que continua elevada, bem acima dos aumentos registados na Empresa.
Perante estes dados, os trabalhadores são forçados a concluir que este Lay Off é uma
manobra que visa livrar-se dos trabalhadores, preparando a deslocalização da fábrica ou
parte dela para outras geografias mais lucrativas.
Este Lay Off serve para burlar o Estado em face das borlas que lhe foram concedidas para
ficar com as instalações da Artlant por um punhado de euros, isenções ficais e também
para desviar de forma ilegítima fundos da Segurança Social.
Esta postura permite que questionemos sobre as reais intenções na Empresa, donde o
Governo não pode deixar de ser chamado a intervir, tal como já foi feito pelo SITE Sul,
ainda sem uma resposta aceitável por parte do Ministério da Economia.
Esta concentração tem como objetivo chamar atenção do Governo para impedir mais um
saque aos cofres públicos e a preservação da defesa de todos os postos de trabalho.